Quadrilha,
Brasil!
A Corte a fidalgos ofereceu
privilégios,
os quais tiveram de submeter
os da terra;
os que favoreciam ou
prejudicavam comerciantes,
aqueles que venderam sua mãe
e até gente,
que, escravizada, lutou
contra uns coronéis,
que encabrestaram milhões de
votos-vinténs,
os quais elegeram tantos
políticos canalhas,
que sobreviveram desde a
primeira república,
que gerou uma corruptora
oligarquia agrária,
aquela que levou ao poder um
grande Getúlio,
que foi eleito por meio de
eleitoral corrupção,
que se-difundiu em Brasília
desda fundação,
aquela que é a mãe de todos
os esquemas,
que desapareceram nos porões
da ditadura,
que ensinou essa tática a
todos os partidos,
aqueles que têm os
principais ministros,
que não podem esconder do
presidente,
que, de-migué, não sabe de
nada, inocente!
2 comentários:
Soneto-acróstico
Ao costume
Seja em Brasília ou no rés da avenida
Onde quer que se possa dar um jeito
Movemos pauzinhos na justa medida
Ouvimos tão somente o nosso pleito
Se um dia fizemos alguma promessa
Com que ficamos entalados um tanto
O que era nosso compromisso cessa
Rimos do justo prometido um quanto.
Razão de nossa descontração fingida
Uma consciência livre de algum peso
Pois ao dito não haverá contrapartida.
Todo costume se nos ajuda sai ileso
Ou não entendemos nadinha da vida
Somos povo irresponsável mas coeso.
Com a língua afiada, poetantando as "torpezas do Brasil", hem, Jair? Ê povinho de consciência de rato!
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