Se
a boca age para beijar bocetas,
ela
foge dos antigos à tradição,
Poeta,
pois chupar esses conos não
era
o que tu gozavas como petas!
Como
o-sabes, tua foda lisboeta,
depois
de passares pelo Nicola,
só
ocorreu com disparos da pistola
que
tu apontavas pra uma greta!
Crê-se
que, nas fodais recreações
das
antigas, talvez fosse algum nojo
que
afastasse de conos os manganões,
como
tu; já beijar clitóris, hoje,
Elmano,
não acumula senões,
senão
fazer à xana orgasmo em gozo!
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA, Das Bocadas Infernéticas, Guaratinguetá: Editora Penalux, 2016.)
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*A Glauco, o desarauto da poesia fescenina no Brasil urbano, litorâneo & Mattoso.
*A Glauco, o desarauto da poesia fescenina no Brasil urbano, litorâneo & Mattoso.
2 comentários:
À moda de Bocage
Chupar é preciso
Se tua boca põe no bocal da corneta,
E, por tal, jamais te julgam libidinoso
Poeta, porquanto chupar uma boceta
É tão mais salutar e até mais gostoso.
Como sabes, toda foda não tem treta
Mais que uma trepada, importa o gozo
Então, invés de uma solitária punheta
Empenhe-se num boquete caprichoso.
Há que ter em mente: não há restrição
No confronto fodal passa a valer tudo
Sem essa de a isto ou aquilo dizer não.
Se ela deve abocanhar o pau cabeludo
Porque evitar tua língua naquele vão?
Erótico, mágico e macio como veludo?
Valeu, poeta! Chupar é preciso... Kkk
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