O Grito. Edvard Munch |
Assexuada postagem ao arroto do planeta
Aquele
vagido tão agudo
não
foi por nenhuma vagina,
tampouco
por imperfeitas rimas
ou
mesmo trocadilhos chulos,
que
aquele quem que gritou tal queixume,
um
Poeta, lastima das gentes deste terreal mundo
o
soberboso ato do ser: o querer todo de tudo,
em
outro sensaber (sem poder!) que diz muito!
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: 2015.)
2 comentários:
Audível silêncio
Sei que não faço parte da multidão
Me pego olhando em outra direção
Desse alarido mantenho distância
Prefiro o silêncio de minha estância.
Mas, dentro de mim existe um grito
Angustiado, abafado, rouco e aflito
E, mesmo não querendo eu o ouço
Filtrado pelas grades do calabouço.
Pois então finjo que ele não existe
Então não divido ele com ninguém
Mantenho meu semblante em riste
Não somo e não subtraio também
Ainda que tal fato muito me entriste
Não multiplico a angústia mais além.
POEMA GRITADO DENTRO DA PÁGINA
Esse Poeta não é de deus,
ele é de cão; ele uiva aos seus
o como ladra o poema seu!
Valeu, Jair.
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