Angu
do Brasil
Num restaurante do Rio,
Perdigão não era marca
de produtos tipo frios,
era onde se-produzia
o “cheiro do queijo”,
o produto quente
da ditadura do Brasil.
Restaurante onde
se-preparavam os pratos
pra serem servidos frios,
em vendeta de milicos.
Com o apoio da TV Bobo,
atores, diretores e o dono
armaram seu teatrozinho
pra impressionar o público.
Ah, canalhas! E acreditou-se
que os atentados vinham
da esquerda, quando a direita
o rosto do povo socava!
Essa Guerra Suja não vai
ficar sem memória, não!
Não mais elétricos choques,
só choque de consciência...
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Casa da Morte
No Rio, em
Petrópolis,
na Rua Arthur
Barbosa,
num morro de Caxambu,
houve uma Casa da
Morte.
Era uma casa bem
disfarçada,
não tinha poema, só
tinha bala;
ninguém saía vivo
dela não,
porque, na Casa do
alemão,
os brasileiros, além
de presos,
eram torturados pelo
desprezo
de “doutores” em
operação militar
que estavam ali para
os-matar
ou transformá-los em
infiltrados
depois de muito bem
trabalhados:
doutores Bruno,
Nagib, Ubirajara,
Teixeira, César, Pepe
e Diablo
ditavam a
conveniência da Casa
contra as pessoas
trucidadas.
Mas, não tarde, Inês
não foi morta
e dos segredos da
Casa abriu a porta!
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: 2015.)
4 comentários:
grande poeta, grandes poemas =]
Soneto-acróstico
Lamentos
Todos culpados até provar contrário
E cada um, vítima de tais gorilas era
Milico para torturar não tinha horário
Pau-de-arara naquela feia atmosfera.
Ou entregava o ouro ou então morria
Sem que ninguém seus gritos ouvisse
Depois corpo para todo sempre sumia
Eis que não havia mortes por velhice.
Cantava como curió diante da tortura
Havia a desumanidade do calabouço
Um massacre que pra eles era cultura.
Me recordo então seus ais ainda ouço
Batidas de madrugada naquela altura
Obliterando até hoje meu pobre touço.
Grandes Jair e Daniel. Valeu pela visita, poetas. Grandes somos nós!
Hoje é Dia do índio!
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