Saudade
Saudade! Olhar de minha mãe rezando
e o pranto lento deslizando em fio.
Saudade! Amor da minha terra... O rio
cantigas de águas claras soluçando.
e o pranto lento deslizando em fio.
Saudade! Amor da minha terra... O rio
cantigas de águas claras soluçando.
Noites de junho... O caboré com frio,
ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
a saudade imortal de um sol de estio.
ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
a saudade imortal de um sol de estio.
Saudade! Asa de dor do pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas da névoa sobre a serra.
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas da névoa sobre a serra.
Saudade! O Parnaíba, Velho Monge,
as barbas brancas alongando e, ao longe,
o mugido dos bois da minha terra.
as barbas brancas alongando e, ao longe,
o mugido dos bois da minha terra.
Da Costa e Silva