Imagem: arquivo Google |
Poema control-cê-control-vedado duma rede de
notícias infernéticas
No reino da
macharada (que classe!),
a cio, não há
filo entre machos;
nessa
espécie de ordem animal,
há tanta
posse sobre o sexo posto
que seu
poder por fêmeas ainda é certo
indício de
violenta guerra: macho oposto
mata macho
fraco por elas – aposto!
“Mas eram
homens das cavernas”,
escreve um
cara numa Rede (post),
teclando
ele mesmo esse crime
ao fazer
atrito no Face (eita!),
uns
comentários não aceitos
doutro
cara, por uma mina.
Discussão
em Rede, intrigas,
amigos inimigos
de verdade;
tecla nenhuma
virtualidade.
Não foram
outros os comentários,
na velocidade
do que é on-line.
No site
oportunista, a postagem:
Comentário deleta
comentário
depois da
balada, em frente à boate.
É, difícil
não dar em morte
esse velho
poder de Xana,
de sexo.
De resto,
tudo isso
são misteros
à macheza
dos homens.
Poema
confidencial & inibido
O anonimato é que é foda,
e este eu, que é anônimo Poeta,
que navega essa tal de WEB
com a mediocridade de poucos acessos,
não vai dizer que não se-incomoda
quando, em sítios, torpedos grátis,
e-mails ou msm desassinados,
le-enchem a paciência, o saco,
a escrever venenos com a língua morta,
viva de comentários falsos.
Tem ou não tem esse tal de fake
um maior valor do que o fuxico teve
numa comunidade armada em rede?
É ou não é aquela carta anônima
menos qu’essas mensagens eletrônicas,
que, velozes como todos os maus,
se-adiantam pra falar as intrigas
pra mostrar textos (a fotos &
vídeos)
que são, pra endereços, o novo canal
da correspondência das gentes odiosa?
Casais que amaram a saída escondida
estão separados pelas imagens vazadas
do celular do amante irado da vítima.
As mensagens falsas no Face e no
Twitter
são coladas às fotomontagens de
inimigos
disfarçados, tipo esses virtuais amigos
que se-convidam a todos os sítios.
Os textos, então, teclados com fotos
são compartilhados em segundos
e
mal comentados por todo o mundo.
Todo o mundo é literal. (Outro
comentário)
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: 2014.)
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