Imagem: arquivo Google
Fábula de mesa sem uma redenção
mais lírica
Formiguinha
que me-cruzou a linha
e
a de poetas a escrever devagarinho
a
desenlinhar do animal as humanas vidas
como
andasses por minha folha ex-branca
como
fizeste nesses textos tantos
o
teu corpinho negro me-fez branco
pálido
ao constatar tua pressa
mais
que a minha (dias antes)
e
mais que constatar foi que depressa
senti
por ti certo lirismo terno (como poeta)
e
até pensei incrédulo que tu não és tão má
quanto
o fabulista te-pintou eterna (que pena!)
Mas
rápido não tardo a ler tuas trágicas cenas
na
experiência à cadeia dum saber aberta
experta
contra a infecção às centenas
de
milhares de milhões que tu geras
como
no ataque a nossa comida... sua esperta!
Observa
minha cisma acima: não és mais terna!
Agora-onde
mesmo que te-sigo às pressas
com
um olhar a arranhar com garras (guerra!)
se
te-segue em disparada no papel não tela
traçando
linhas nem sempre cegas mas
que
ver tua alma budista não conseguem
no
aquiagora do texto crescendo tensas
na
direção não traçada por ti pois verso
onde
está o antilírico com a humana graça
do
viver em ciência: gaio a cantar espaços
às
gentes pelos mundos de um mundo
como
antes do princípio destes versos
em
que duvidava: mato-te-poemo?
Não...
como outro bruxo também creio: melhor seria
se
tal borboleta não me-tivesses alegorizado a linha:
são
a tua morte estes versinhos!
(Em
um formigueiro de uma formiga só.)