Se
a boca age para beijar bocetas,
         ela
foge dos antigos à tradição,
         Poeta,
pois chupar esses conos não
         era
o que tu gozavas como petas!
         Como
o-sabes, tua foda lisboeta,
         depois
de passares pelo Nicola,
         só
ocorreu com disparos da pistola
         que
tu apontavas pra uma greta!
         Crê-se
que, nas fodais recreações
         das
antigas, talvez fosse algum nojo
         que
afastasse de conos os manganões,
         como
tu; já beijar clitóris, hoje,  
         Elmano,
não acumula senões,
         senão
fazer à xana orgasmo em gozo!
         (LUIZ FILHO DE OLIVEIRA, Das Bocadas Infernéticas, Guaratinguetá: Editora Penalux, 2016.)
         ___________________________________________
*A Glauco, o desarauto da poesia fescenina no Brasil urbano, litorâneo & Mattoso.
*A Glauco, o desarauto da poesia fescenina no Brasil urbano, litorâneo & Mattoso.

 
 
