Não desçam mais, não-décimas; fiquem nesta!
Minha vovó-amiga, não vou
vaiar a
vossa vida de poucas
imagens – eu mesmo,
que a lápis este poema não
mais escrevo –;
não, e não vou gravar, na
minha máquina,
a fotografia desse
passado ícone, mágico, pois
clico, hoje, que, nesses
instantes rápidos, as
minhas virtuais amizades
possuem postadas
mais fotos do que toda a
vossa família cria
ser possível, num álbum, regisTRÁ-LHAS!
Vós sabíeis, vó, que a
vossa memória era o palco,
onde essas vossas lembranças
desfilavam, qual
o filme mágico que a vós
foi apresentado; mas
em minha cerebralma está
a vossa imagem gravada
com as películas que não
mais são físicas, mas
que são mais duráveis do
que essas amizades,
que não chegam a anos de
vida, pois descartáveis
e pouco sensíveis a esses
fatos passados, vó. Não vaio.
Eu vou vos-seguindo a vibe de estar convosco conectado.
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA)