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Ruído: moeda ao chão das cédulas
O
trabalhador deposita confiante
suas
economias no caixa eletrônico.
É
sábado à tarde, ele a segunda adianta
pra
economizar a tempo uma grana
pra
comprar um carro prele ir pro trampo.
O
assaltante deposita confiante
suas
dinamites no caixa eletrônico.
É
domingo à noite, ele se-garante,
pois,
de primeira, há tempos, arrebenta a
menos-valia
em descomunicação econômica.
O
banco paga esse cliente com desconfiança,
sua
exigência é legal: exibir comprovante de
depósito
pra que seja ressarcida essa conta.
É
segunda de manhã, e essa perda de tempo,
de
qualidade de vida quem capitaliza, quem?
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: 2014.)