Poder ver... sos povo*
– Valham-me os Meus!
– Vala-me Deus!
(Vala: eus...)
(No campo de um Brasil latifundiário.)
* A Rogério, antes do último round & depois do grave Newton.
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onde o plano está prefeito
executa o político os golpes
privados poderes máximos sobre
vidas públicas a civil vendidas
intenção e morte ecoam
ambíguas cabinas e atiram
carabinas de banda bando part
ido: justiça é crime?
há algum suspeito no pleito?
ninguém assina esses assassínios?
(Na fila de populares injustiças elitistas.)
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negócios negócios
acordoBrasil
do lar... cor da... dá-la: acorda!
acórdão superfaturado dólar
dão de cor e então a cor dobra
verdes laranjas pardos & gatunos
(todos os ratos disfarçam seus colarinhos)
decoro em coro o povo cobra
e encara o agente publicamente
a amar o elo das mil minas brasis
e o banco a mil para poucos por certo
e por centos milhares milhões
no ônus do país ao mês
há anos
nós nus
(Sentado num banco central duma praça, em Brasília.)
(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Onde Humano. Tersina: Nova Aliança, 2009.)