quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Poema postado como fotográfico







Não desçam mais, não-décimas; fiquem nesta!


Minha vovó-amiga, não vou vaiar a
vossa vida de poucas imagens – eu mesmo,
que a lápis este poema não mais escrevo –;
não, e não vou gravar, na minha máquina,
a fotografia desse passado ícone, mágico, pois
clico, hoje, que, nesses instantes rápidos, as
minhas virtuais amizades possuem postadas
mais fotos do que toda a vossa família cria
ser possível, num álbum, regisTRÁ-LHAS!

Vós sabíeis, vó, que a vossa memória era o palco,
onde essas vossas lembranças desfilavam, qual
o filme mágico que a vós foi apresentado; mas
em minha cerebralma está a vossa imagem gravada
com as películas que não mais são físicas, mas
que são mais duráveis do que essas amizades,
que não chegam a anos de vida, pois descartáveis
e pouco sensíveis a esses fatos passados, vó. Não vaio.
Eu vou vos-seguindo a vibe de estar convosco conectado.



(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA)