terça-feira, 23 de julho de 2013

LUTA PELO SALÁRIO, PESSOA!

Imagem: arquivo Google



Sal mínimo sob um funcionário sol máximo (a pino e a ponto batido)

Ó salário desgastado ao máximo,
quanto dos teus dramas, aos maços,
(canto as granas, no mínimo)
são lavras que mais-valiam
acúmulos em exterior capital?
Se alongarem mais a jornada,
estarás migalhas trabalhadas em
quantos indeCIFRÁVEIS;
tantos, que somente vales
o que poeto neste poema, em
pagamento ao produto da
pessoa que            existe
                 SUB            
                                       a
constantes e variáveis câmbios;
na humana usura das cifras desse
terreno, que é sina do bolso
mundano de valores


de pessoas.

domingo, 21 de julho de 2013

MERDA DE POEMA HEMORRÓIDICO

Imagem: arquivo Google


Escatologia além-excrementosa

O camelô, entre suas bugigangas,
mais um dos toletes de bosta vende,
feito assim desse plástico (bem creme!)
da cor de merda serenada, manca?

O seu católico devoto cliente,
com aquele probleminha anal (“Nas ancas!”),
fez uma dessas promessas à Santa
e espera que não mais fique doente.

N’era prudente um ex-voto dum cu;
de tal ousadia a Igreja não gosta;
apois, o fiel comprou (ai, Jesu!)
do camelô esse tolete de bosta!

– Meu Deus, com isso não vá-se-injuriar,
nem me diga que esta bosta não presta,
pois, em sua graça, está o meu curar
desse mal, corroído a sangue: merda!


sábado, 13 de julho de 2013

UNITED STATE OF LUIZ GONZAGA


Imagem: arquivo Google


Sendo também um "poeta de ocasião" - afinal, o que é a poesia, senão ocasiões? -, não gostaria de deixar que se-passasse esta de homenagear o maior artista popular do Brasil: Luiz Gonzaga. Esse que é a memória-mor pra qualquer nordestino a partir dos 40 anos. Apois, quem tem essa faixa de idade, certamente ouviu o Rei do Baião ao vivo e se-deleitou com essa música que está enraizada em nossa identidade. Arre, égua! 

E eu que fui menino, ouvindo o Véi Macho, pude assistir à cultura nordestina sendo espalhada por todo o Brasil e pelo mundo por meio da música do Lua. Foi algo assim como a prática de capoeira pelo planeta faz com a divulgação da língua portuguesa. Sim, pelo som do Gonzagão o nosso falar passou a ser levado a outros paladares de fala. Aí eu pude perceber o gostim de passado e de futuro dessa língua que foi forçada a nossos nativos, no grito. 

Vixe! Desconjuro! Num quero falá disso, não. Nã! Deixa o leite derramado pra lá. Qué ir mais eu, vamo; qué ir mais eu, rumbora! Vamo ao medieval em fiafêamanoentoncemasporém... Qué latim? Vamo de incumdixehomi... É estranho sim, mas o falar nordestino ainda tem futuro nele: note o plural somente nos artigo e nos pronome (coisa pra inglês ver: modern languages!) nas nossa construção com os substantivoIsso é coisa de Brasil, mas é nosso.

O português são muitos, Carlos, e eles ainda não sabe disso. Num sabe que tem ainda muito piauiês, cearencês, pernambuquês, paraibês, sergipês, alagoês (os principal dialeto do nordestinês legítimo) pra se-falá pur essas quebrada de sertão. Hem-hém, seo minino, dona minina. É muito bunitim essa nossa língua. Porisso que isturdiínha me-rendi a essa rodia que pus na cabeça pra carregar o pote de sabedoria dos caboco nordestino na figura do Fii de Januaro.

A bença, meu padim, Luiz. Seu fi de tradição arrocha um poema em loa do que o siô deixô pra gente toda. Brigado, hômi do povo.


UNITED MUSIC OF PIAGUHY

Os meus primo cá, do Piauí,
deixou de vê novela
só pra fazê musga. 

Os meus primo
escreveu pra mim
e não fala "come here"
só fala "vamali".

Vô mandá um feicibúqui leve
pra United Music of Piaguhy!
United Music of Piaguhy!