sábado, 14 de dezembro de 2013

ESSAS MULHERES FORAM MORTAS PELO PRAZER DOUTROS SOLDADOS AMARELOS



Um Poeta recanta mulheres: as de Nanquim

O máximo que conheço da China
são  as sessões de Bruce Lee no cinema,
as bugigangas de plástico nas lojas de 1,99
e esse pasteleiro no Piauí, na esquina;
e o que eu saco dessa cidade, Nanjing,
é essa tinta com que tinto estes instintos
ou estes grafitos em branquepreto que rabisco
feito poema que poesia de mulheres os gritos.

Não havia escrito em mim risco algum da história dos chinas,
e um espelho veio tela de cinema desenhando este oráculo:
Mire-se também o exemplo daquelas mulheres de Nanquim!
Reuniram-se na Zona, refugiadas, pros filhos,
e lutaram com os homens, como os homens não lutaram:
e tiveram arrancadas as roupas por violentas fardas,
carícias plenas de veneno em que não houve ajoelhamento,
senão sofrimento de quem não se-despiu por orgulho,
deitou-se à cama pra sentença de quem não tem escolha,
e o cineasta cinemou cenas de City of Life and Death.

Vi as mulheres cortarem os cabelos e vestirem-se homens,
e os soldados japoneses já poderem foder as chinesas,
as que tiveram (close) as mão levantadas, uma a uma,
pro sacrifício das cem, que não sentiram conforto
em se-dar a sedentos animais com fome de sexo!
Salve a prostituta Xiaojiang que não se-salvou,
não cortou o cabelo, não levantou a roupa, nem gemeu
de prazer com o sexo contra um homem ereto
a querer o conforto das mulheres do conforto.

Mire-se também dessa mulher de Nanquim o exemplo:
dessa Xiaojiang, que liderou o corredor do conforto ao sexo,
e essas mulheres foram mortas pelo prazer doutros soldados amarelos.



(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: 2013.)


Um comentário:

JAIRCLOPES disse...

Atrocidades
O bicho homem, seja daqui ou oriental
Sente-se másculo quando faz a guerra
Numa atitude completamente inatural
Vítimas de medonhas armas enterra

Como todos os outros são os japoneses
Que tantas santas mulheres estupraram
Por muitas horas, dias, semanas e meses
Mulheres chinesas foderam e mataram

Querem, contudo, chamar-se civilizados
Convencerem-nos que são cavalheiros
Esses canalhas travestidos de soldados

Porquanto jamais militares verdadeiros
Se comportam assim como celerados
Pois fardados são apenas bandoleiros.