quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MATO QUEM MATA A MATA A QUEIMADAS E A MOTO-SERRAS? MORTE CERTA!

Imagem: vivaterra.or.br



Desoração pela desolação da mata a morrer na sala de nossas telas

Ó Magos da Ordem dos Cários!
Ó Sumés! Ó Piagas dos Carnutuns brasileiros!
Ó Pajés dos Caruanas de Marajó!

Protejei a Floresta de bior-
-roubos-e-furtos de seus filhos & frutos!
Deixai-a de pé para dar sombra da Amazônia ao amanhã!

Vigiai, que nem todos são Darwins ou Schwennhagens!
Por serem um tanto especial essas novas especiarias, estudai
o quanto essas novas drogas de índio velho pra gente podem ser pai, País!



(LUIZ FILHO DE OLIVEIRA. Das Bocadas Infernéticas. WEB: Deleitura, 2012.)


17 comentários:

JAIRCLOPES disse...

Limerique

Lá no fundo do mato o Corumim
Jamais presenciou coisa assim
Lágrima rolam no chão
Do que fora mogno chorão
A natureza, o que será de mim?

Luiz Filho de Oliveira disse...

Que legal, Jair, vc aparecer por aqui, cá, no Piauí. Vc, um poeta andarilho nesses sítios todos. Muito bom que eu tenha lhe segurado pelos galhos das árvores que são cortados; cortadas. Desmatamento zero, essa é a pegada!

Anônimo disse...

"Marginália II
Torquato Neto

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti

Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá

A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
Até pra dar e vender
Olelê, lalá

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo"


O cara podia até ser porra-louca ([Brasil] Que ou aquele que age de maneira irresponsável ou desregrada.), transviado, como alguns dizem (talvez excessivo ou radical, num sentido não tão positivo mas ainda assim de raiz), mas não era alienado não. Aposto como teria um comportamento altamente progressista nestes tempos de ditadura midiática (talvez fosse escanteado, como já se desenhava quando chegou ao suicídio mas mesmo assim a história poderia ser outra, de - mais ainda - superação no possível engajamento artístico-político-social como Maiakovski, Brecht e outros). Muito bom ver preocupações (em última e aí rigorosa análise) sociais (ecologia e meio ambiente é cuidado, mesmo que 'soft' - ainda bem! -, com o outro) refletidas no trabalho de poetas significativos com suas elaborações percucientes e instigantes...

Só pra lembrar: mesmo (ou principalmente) com redegrobalização e tudo e nada e o escambau, aqui é o fim do fim do mundo...

Oh, yes, nós temos banana
Até pra dar e vendar...

JAIRCLOPES disse...

Limerique

Ambição humana, árvores coitadas
Pela mão humana árvores cortadas
Homem, o vírus da Terra
A esta declarou guerra
Então as florestas tornam-se estradas.

JAIRCLOPES disse...

Limerique

O energúmeno ser humano mata
O pouco que ainda resta da mata
Esse bicho cegueta
É vírus do Planeta
Pobre mundo na mão desse psicopata.

JAIRCLOPES disse...

Limerique

A você Luiz, autor sensacional
Que nos ilustra no espaço virtual
Neste mês de dezembro
Enquanto ainda lembro
Tenha boas festas e um feliz Natal!

Nal Pontes disse...

Muito bom o seu blog, Parabéns, desejo um bom natal.

Luiz Filho de Oliveira disse...

Jair, meu camarada, vc é um poeta espetacular, com esses comentários poéticos limeriqueanos, escandalosamente bem escritos. Meus cumprimentos pela disposição e boas festas a você e a sua família toda.

Nal, obrigado pela visita e boas festas.

JAIRCLOPES disse...

Limerique

‘Homo destructor’ com a moto-serra
Nesse momento a floresta berra
Mas não há salvação
Árvores no chão
Contra natureza ele está em guerra.

Marli Franco disse...

O teu espaço é belíssimo!
Agradeço tua companhia em 2012, enriqueceu e tornou os dias especiais.
Boas Festas e que o Natal e todo Ano Novo sejam plenos de bênçãos Divinas!
Muita Saúde , Paz e Amor!
http://marlifrancofotos.blogspot.com.br/
http://marlifranco.blogspot.com.br/
bjs de violetas
Marli Franco

Luiz Filho de Oliveira disse...

Marli, obrigado também pela companhia ao longo deste ano. Boas festas a você a sua família. Espero mais vezes. Até mais páginas.

VILMA ORZARI PIVA disse...

Olá querido amigo Luis,
Ouvi o grito das árvores e do nosso planeta.

POR AMOR AO PLANETA TERRA
Rondel –XXIII

Não podemos abortar do ventre da terra
os plantios e os brotos que ainda virão
saciar a fome no planeta que hoje descerra
o tamanho descuido do homem sem visão!

Falta amor, um grito reunido que encerra
mais vida aos mares e a toda plantação.
Não podemos abortar do ventre da terra
os plantios e os brotos que ainda virão!

Há tantos descasos que o chão berra
pelo seu e nosso futuro sem chão,
sem morada, sem paz e na guerra,
chorando vidas pela nossa omissão.
- Não podemos abortar o ventre da terra!

Vilma Piva
Direitos Autorais Reservados ®

-Desejo-lhe um Natal e um Ano Novo feliz, cheio de alegrias, sonhos, amor, saúde e paz!!
Boas Festas!!
Beijos!!!

Luiz Filho de Oliveira disse...

Vilma, boas festas a você e a toda sua família. Sonhos, amor, saúde e paz.

Jullio Machado disse...

Grandes gritos de quem não se resigna com toda essa depredação.
Melhor que essas palavras muito bem alinhadas, só mesmo práticas intervenções revolucionárias...

Eu , por enquanto, "se fosse dizer tudo que sinto diria: sinto muito.

Um excelente natal e um porvir recheado de sustentáveis realizações.
Abraços!

Luiz Filho de Oliveira disse...

Pra você também, Júlio.

Anônimo disse...

Feliz Natal e próspero Ano Novo ! ! !

Que 2013 venha com muito mais realizações positivas e toda poesia do mundo e da vida.

Luiz Filho de Oliveira disse...

Pra vc, também, Cláudio.