sábado, 5 de fevereiro de 2011

AOS MESTRES COM CARONA




I


ACT IV, SCENE I.


The forest.


(Enter ROSALIND, CELIA, and JAQUES)


JAQUES
I prithee, pretty youth, let me be better acquainted
with thee.


ROSALIND
They say you are a melancholy fellow.


JAQUES
I am so; I do love it better than laughing.


ROSALIND
Those that are in extremity of either are abominable
fellows and betray themselves to every modern
censure worse than drunkards.


JAQUES
Why, 'tis good to be sad and say nothing.


ROSALIND
Why then, 'tis good to be a post.


JAQUES
I have neither the scholar's melancholy, which is
emulation, nor the musician's, which is fantastical,
nor the courtier's, which is proud, nor the
soldier's, which is ambitious, nor the lawyer's,
which is politic, nor the lady's, which is nice, nor
the lover's, which is all these: but it is a
melancholy of mine own, compounded of many simples,
extracted from many objects, and indeed the sundry's
contemplation of my travels, in which my often
rumination wraps me m a most humorous sadness.


ROSALIND
A traveller! By my faith, you have great reason to
be sad: I fear you have sold your own lands to see
other men's; then, to have seen much and to have
nothing, is to have rich eyes and poor hands.

JAQUES
Yes, I have gained my experience.


ROSALIND
And your experience makes you sad: I had rather have
a fool to make me merry than experience to make me
sad; and to travel for it too!


(William Shakespeare. As You Like It. 1599/1560.)






II


“– ‘Que bom que é estar triste e não dizer cousa alguma!’ – Quando esta palavra de Shakespeare me chamou a atenção, confesso que senti em mim um eco, um eco delicioso. Lembra-me que estava sentado, debaixo de um tamarineiro, com o livro do poeta aberto nas mãos, e o espírito ainda mais cabisbaixo do que a figura, - jururu, como dizemos das galinhas tristes. Apertava ao peito a minha dor taciturna, com uma sensação única, uma cousa a que poderia chamar volúpia do aborrecimento. Volúpia do aborrecimento: decora essa expressão, leitor; guarda-a, examina-a, e se não chegares a entendê-la, podes concluir que ignoras uma das sensações mais sutis desse mundo e daquele tempo.”

(Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 1881.)






III


recado afiado ao sir inglês


se é bom estar
triste sem dizer nada
manca só esta machadada:


melhor é amar
mulheres em uma
ou mulher em várias!


(Luiz Filho de Oliveira. BardoAmar. 2003.)

2 comentários:

Márcia Luz disse...

Olá!
Acabo de conhecer seus livros por intermédio do professor Otávio Carpinteiro. Também participei da Antologia Poética "Antero de Quental". Como faço para enviar-lhe um exemplar do meu livro?
Um abraço
Márcia

Luiz Filho de Oliveira disse...

Oi, Márcia, entra em contato comigo pelo correio eletrônico. Meu e-mail é luizfilhodeoliveira@gmail.com. Saudações.