quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CINCO POEMAS EM CARNE DE UM VIVO AMOR QUE GOZO & SINTO MUITÍSSIMO POR REESCREVÊ-LO EM SUZY REIS



em meta tua nua linguagem poética



sem oralidade: em fala de pedra
me-implicito-em-teus-ângulos-explícitos
com minha língua paisagem

como nenhum poeta ou bardo
em cantos canto algum ou carme
ousou poamá-los por lira tal


faço-o em oraliginalidade
de quando a onde: agoraqui
com linguadas de linguagem



taças... sei-os


santos graais gentios
cálices em falares vinho
gentis a transbordarem-

-se em meu verso são
ao toque deste chão
tomado de ais




zonal



cheiro de mulher madura
recendendo o tempo todo na sazão
dum pomar dos mundos deste mundo

fruto enquanto desfruto
esse gosto de fluida música
a me-tocar perfumes & colorações


no momento de beber a estação
nesta ação de entrar a carne doce
do bem que come de bem com a fome




estes versos são o canto são deste dia


a ti desbranco páginas tinto
enquanto velho um novo poema
tanto que sentido o sensível a estas telas


rituando traços humano-te tais vinhos
ao odor do tato de tuas taças... corpo
onde bebo verbo canto verso


nunca nosso sentido completo
apelo: poesia-me-a-cada-dia-o-quanto-linha-somos
por-que-te-fie-os-próximos-riscos




cantoAcântico


beijo-te-vinho
tão delícia quanto
a música poesia

leva-me tu corrente
gozalegria: humanamentecorpo
em mundano nu divino

minha mais que vide: vinhas
púrpura a mim... formosa
sol resplandecente sentido


sobre os campos por onde ando
se pelas telas teclo vulva sulco pelos seios
apascentando o terreno sexo

enquanto em cantos
amor fio... verso descompleto caminho
rumo ao IN: local universal


e brindemos pois quais taças manhecentes
e façamos amar transbordando a vida intensos
a saber os sabores sensíveis






(Luiz Filho de Oliveira. BardoAmar. Teresina: Edição do Autor, 2003-2010.)