segunda-feira, 29 de março de 2010

Para decifrar este poema, é necessário ir além do príncipe pequeno, ao encontro do rei




oráculo principal

bem dentro de ti campo
este canto de trigo enigma:
cativa-me-devora!


(Luiz Filho de Oliveira. BardoAmar, Teresina: Edição do Autor, 2003.)

4 comentários:

Anônimo disse...

Luiz, esse príncipe que aparece no texto é o Édipo? Gostaria de saber, pois acho que o último verso do poema se refere àquela frase da Esfinge: Decifra-me ou devoro-te. É isso?

Luiz Filho de Oliveira disse...

Certamente, colega. Há também uma referência ao "príncipe" do Exupéry, como deixei explícito pela imagem utilizada.

Anônimo disse...

Mesmo sem as intertextualidades, o poema mantém-se belíssimo. Suas 'brincadeiras' com a linguagem e toda a demais poesia impregnada nos versos são coisa séria, no sentido de trabalho consequente. Parabéns. Este poema está na página 22 da edição solo de BardoAmar mas não na antologia (em que consta o também notável 'voz nua à lua nativa'). Fiquei curioso: por quê?

Luiz Filho de Oliveira disse...

Suei muito na elaboração desses poemas, Anônimo, e o que paga esse preço são essas suas palavras, que, pra mim, soam como incentivo. Sou poeta menor; um dia, quero ser medíocre e sei que nunca serei um "maioral". Mas isso é o de menos, o importante são os poemas; por isso, todo o suor de mim, pois sou o q suo: poesia...